Especialista aponta o que se tornou “cringe” na área de fotografia

Para fotógrafo internacional Lineker Pires, filtros do Instagram e poses exageradas são “cafonas” e devem ser evitadas

Fotos Reprodução/Instagram/@lineker

Uma expressão que está na boca do povo atualmente – ao menos, na internet –, “cringe” é um termo usado pelos millennials (ou seja, pessoas nascidas entre 1980 e 1995) para definir coisas que consideram “bregas” ou “cafonas”. Para essa geração, certas atitudes e gostos (assim como alguns filmes e séries, incluindo Harry Potter e Friends) são considerados “vergonha alheia”. Nas redes sociais, o assunto tem gerado memes e até reflexões sobre os conflitos geracionais.

Pois o fotógrafo de moda internacional Lineker Pires decidiu apontar o que é “cringe” em sua área de atuação. Entre outros tópicos, ele destaca alguns tipos de edições e poses que, hoje, podem ser consideradas “cafonas” pelos mais jovens.

Filtros e Photoshop

Liderando o ranking de artifícios “cringe” listados pelo fotógrafo estão os filtros do Instagram. Para Lineker, eles se tornaram obsoletos em vista de ferramentas muito mais eficientes que, hoje, estão disponíveis para os fotógrafos amadores e internautas.

“Com vários apps acessíveis e de uso intuitivo, é praticamente indefensável continuar aplicando os filtros de Instagram em suas imagens, além de deixarem todas elas muito iguais umas às outras”, sentencia o fotógrafo. Ele recomenda o uso de aplicativos o AirBrush, RNI Filmes, Prequel e VSCO, que estão entre seus preferidos. Ainda em sua opinião, os presets exagerados também se tornaram constrangedores hoje em dia. “As fotos ficam muito pesadas, com cores fora da realidade”, observa. “Aposte mais naquela foto clean, com luz natural”.

Lineker também condena o uso exagerado do Photoshop, que já foi um recurso “descolado” para editar fotos e acrescentar-lhes efeitos. O profissional acredita que, hoje, a tendência é a “naturalidade”.

Correções e poses exageradas

Falando em naturalidade, o fotógrafo também enfatiza que é preciso aceitar a beleza singular de cada rosto e corpo. Portanto, ele condena alterações feitas nas fotos para afinar a cintura ou o rosto, que podem até deixar a pessoa irreconhecível. “Além da foto apresentar um aspecto fake, já que acaba deformando o fundo, por exemplo, isso também é importante para a autoestima da pessoa”, prossegue Lineker. “Utilizar em alguns detalhes mínimos até vai, mas não abuse. Todos nós temos gordurinhas localizadas, isso é normal”.

Ainda na opinião do fotógrafo, poses nas quais as pessoas fazem “biquinho”, caretas ou mostram a língua também devem ser evitadas. “As poses, de modo geral, são datadas e vão contra a proposta leve que as imagens pedem atualmente”, explica o especialista.

Por fim, Lineker recomenda que se evitem os efeitos de gosto duvidoso, que ficaram antiquados há muito tempo. Partidário da ideia de que “menos é mais”, o fotógrafo aconselha fugir da alta saturação, halos de luz, olhos incandescentes, vinhetas, bordas desenhadas, cores seletivas e detalhes em neon.

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