Por Diego Monteiro

“Não são horas por semana, não são horas ao mês. Nós (da HBO) precisamos de horas ao dia. Você está competindo com dispositivos que ficam nas mãos das pessoas e ganham suas atenções a cada quinze minutos”. Este é parte de um depoimento recente do executivo que lidera a HBO, John Stanley, que evidencia como eles querem deixar de ser conhecidos por suas grandes produções e entrar no dia-a-dia do consumo de conteúdo.

Pode parecer mais uma declaração de um canal, como tantas outras. Mas me parece algo bastante simbólico, principalmente, ao relatar um novo cenário que é ensaiado há anos. Ao que tudo indica, agora, o modelo Netflix não será a exceção, mas a regra.

Em 2018, a Netflix resolveu fazer um lançamento de filme ou série própria por semana. Esse movimento é, claramente, uma preparação para receber, em 2019, o ataque do streaming da Disney e, também, da Amazon, Hulu, HBO Go, etc. A estratégia é ter um grande acervo, não necessariamente de grande qualidade, para manter a liderança de mercado.

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