Hálito Azul tem direção de Rodrigo Areias

“Hálito Azul” transita entre a ficção e o documental

Distribuído pela Fênix Filmes, Hálito Azul é um documentário permeado por blocos de ficção

Definido por seus realizadores como uma “docuficção”, Hálito Azul, produção de 2018 dirigida por Rodrigo Areias (da produtora Bando à Parte), via Fênix Filmes, já está disponível na plataforma https://filmefilme.com.br

Neste projeto, o cineasta Areias usou uma abordagem diferente, que explica o termo “docuficção”, utilizado para defini-la. Lidando com o real e o imaginário, e mesclando informações reais com uma dose de lirismo, o diretor transita entre a narrativa do documentário e o “folclore de marujo”.

“História dentro da história”

O resultado é “uma história dentro da história” – e, para harmonizar mundos tão díspares, a estratégia adotada pelo cineasta é mostrar os personagens preparando uma peça de teatro que faz parte de um festejo local, enquanto documenta-se o dia-a-dia das pessoas. Cultivar o mar é uma coisa, é assunto de pescadores. Explorar o mar é outra coisa, é assunto de industriais”, afirma o diretor.

Inspirado na obra “Os Pescadores” (1923), de Raul Brandão, Hálito Azul é um “doc” permeado por blocos de ficção que revelam ao público o cotidiano da vila da Ribeira Quente, na encosta de um vulcão em São Miguel (ilha pertencente aos Açores). Desse modo, Areias traça um paralelo entre a fascinação pelo mar (que sustenta o povoado, por meio da cultura da pesca) e a vida cotidiana de atores sociais que trafegam pelos problemas e prazeres de suas vidas.

Farol

Um farol na comunidade (onde um homem recita trechos de um escrito) é o primeiro olhar do filme para contar o dia-a-dia de quem vive ali. O olhar se dá em duas camadas: a primeira, sobre a vida e as histórias dos pescadores de hoje, vistas à luz de uma outra, as histórias descritas no livro “Os Pescadores”.

Desse modo, Rodrigo Areias salienta a “não evolução” no cotidiano de uma importante comunidade portuguesa. A distribuição de Hálito Azul ficou a cargo da Fênix Filmes, que se dedica ao nicho de produções independentes. Desde 2011, a empresa trouxe ao País obras que encantaram o mundo em alguns dos maiores festivais internacionais, além de longas que, de outra forma, talvez não tivessem chegado ao nosso mercado.

Algumas dessas produções são Uma Primavera com Minha Mãe, Juan e Evita – Uma História de Amor, Uma Estranha Amizade, Crônica do Fim Mundo, Dólares de Areia e David Lynch: A Vida de Um Artista.

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