MESTRE DA FANTASIA

Por Daniel Bydlowski

O que faz de Steven Spielberg um sucesso? Entre outros fatores, isto se deve à sua decisão de usar os efeitos especiais como um meio, e não como um fim

Autor de alguns dos filmes mais emblemáticos dos anos 1980, este cineasta judeu de classe média se transformou em um dos diretores mais aclamados do mundo. Steven Spielberg ganhou sua primeira câmera aos 12 anos de idade e, aos 19, ingressou em um curso de cinema. Aos 22, filmou Amblin, curta-metragem que possibilitou sua entrada na Universal Studios.

Foi com o telefilme Encurralado que ele começou a ganhar notoriedade e admiração por parte dos apreciadores de cinema e, também, de muitos cineastas. Ao todo, sua carreira contabiliza 44 filmes como diretor, 20 como ator, oito como roteirista e mais de 100 como produtor. Sua intenção, como realizador, é sempre surpreender.

EXTRATERRESTRES E DINOSSAUROS

Spielberg é um dos donos da DreamWorks SKG e sempre usou os efeitos especiais com consciência. Suas produções mais arcaicas já contavam com uma grande disposição de talento e engenhosidade. Tanto Tubarão como ET – O Extraterrestre utilizam técnicas animatrônicas, ou seja, uma mescla de eletrônica com robótica. Em ET, o animatrônico foi empregado com um sucesso nunca visto antes. Já no caso de Tubarão, o diretor acerta a mão, criando o suspense com poucas aparições do animal (mas o público sabe “quando” ele está lá; e em todas as suas aparições, o resultado é efetivo).

Poltergeist – O Fenômeno é outro exemplo do talento do diretor. Assistida hoje em dia, a produção mostra que estava à frente do seu tempo. Spielberg construiu um clima envolvente e assustador para o longa por meio de recursos simples, como objetos que se moviam por meio de arames e vento e chuva artificiais criadas de forma artesanal.

Jurassic Park foi (e sempre será) um marco nos efeitos especiais. Há quem diga que os dinossauros são reais! Spielberg usou os famosos animatrônicos, além de muitos truques de câmera, efeitos manuais e computadorizados, stop motion, pessoas vestidas de dinossauros (próteses), sistemas hidráulicos e impulsos elétricos que alteravam as expressões faciais dos bichos.  

Mas o que tornou o parque tão verossímil (e não apenas um amontoado de efeitos especiais)? A forma dosada com a qual ele lançou mão dos efeitos, que sempre são utilizados na hora certa e que tornam convincente a interação entre os bichos e os atores.

Spielberg emprega os efeitos especiais em benefício da história – e este diferencial certamente é uma das razões pelas quais seus projetos arrecadaram mais de US$ 6,4 bilhões apenas nos cinemas.

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