Zoom Magazine edição 222

NUNCA DEIXE DE ACREDITAR…

Acabamos de lançar a edição 222 da Zoom Magazine e é gratuita

Os tempos são difíceis e, como já é habitual no Brasil, há poucas certezas quanto ao futuro, visto que as políticas do país (inclusive as culturais) mudam bruscamente de acordo com as sucessivas administrações. Como cidadãos, não há muito que possamos fazer a respeito, pois nosso poder de ação é limitado. Entretanto, apesar da insegurança que permeia a área de produção, temos muito a comemorar – e as principais conquistas obtidas nos últimos anos irão prevalecer, pois refletem um novo momento tecnológico da sociedade em que a comunicação assumiu uma importância ainda maior que no passado. Nesse processo, o audiovisual expandiu suas fronteiras.

Novos tempos

Quem envereda pela área no presente se depara com um cenário muito mais favorável que os de outros tempos, quando os equipamentos tinham preços astronômicos, as janelas de exibição eram poucas e muito mais disputadas e a informação estava restrita a raros cursos especializados, caros demais para a maioria das pessoas (costumava-se dizer que a profissão de cineasta, assim como a de piloto de Fórmula 1, era “coisa de rico”). Além disso, restrita à película e aos caríssimos processos de revelação praticados na época, a produção era bastante escassa, limitando-se a alguns poucos títulos brasileiros lançados nos cinemas de tempos em tempos (e invariavelmente esmagados pelos blockbusters americanos, que monopolizavam as salas de exibição).

Oportunidades no mercado

Nosso audiovisual ainda é modesto em comparação ao dos EUA, e os blockbusters ainda roubam a cena com seus efeitos especiais mirabolantes e campanhas de marketing avassaladoras. Porém, hoje temos uma maior oferta em termos de equipamentos (disponibilizados por preços bem mais acessíveis) e as janelas de exibição se multiplicaram. Cineastas “de primeira viagem” não precisam mais esperar um milagre para mostrarem ao público suas obras de estreia, já que contam com o YouTube e outras plataformas digitais para fazê-lo. E o streaming está aí para provar que há um público mundial ávido por atrações diferenciadas (e não necessariamente norte-americanas, já que as séries francesas, espanholas e brasileiras também fazem sucesso em serviços como o Netflix).

Em resumo: se há novas dificuldades com que se lidar, também há grandes vantagens a favor de quem ama e faz audiovisual. Que isto sirva como um estímulo para nunca deixarmos de acreditar. Boa leitura!

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