Documentário paraense é selecionado para a mostra do Festival de Berlim
ELO Company emplaca mais um filme no mercado internacional: documentário “O Reflexo do Lago” foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim, um dos mais importantes do mundo
O filme brasileiro “O Reflexo do Lago”, primeiro longa do diretor paraense Fernando Segtowick, distribuído pela Elo Company e produzido pela Clarté e Marahu Filmes, foi selecionado para a Mostra Panorama da 70ª edição do Festival de Berlim – conhecido popularmente como Berlinale -, um dos mais importantes do mundo na indústria audiovisual. O evento acontece de 20 de fevereiro a 1 de março na capital alemã, e é conhecido por revelar novos diretores e, ainda, indicar os favoritos ao Oscar.
“O Reflexo do Lago” é documentário que busca responder às questões da construção da hidrelétrica em Tucuruí, no Pará, realizada na década de 70, e quais impactos causam até hoje na comunidade local que vive com traços de desmatamento por décadas.
Essa não é a primeira vez que a ELO Company emplaca um filme no cenário internacional. Em 2019 dois filmes tiveram importantes estreias, “Aos Olhos de Ernesto” no Busan International Film Festival, na Coreia do Sul, e o documentário “Meu Querido Supermercado no IDFA – International Documentary Festival of Amsterdan, na Holanda. A distribuidora já contou com a animação “O Menino e o Mundo” indicada ao Oscar, em 2016, nos Estados Unidos.
Focada em expandir sua atuação no mercado externo, e estreitar relacionamento com importantes agentes mundiais, inclusos os festivais, a ELO acaba de abrir um escritório em Miami, nos Estados Unidos. A internacionalização da distribuidora é uma ação que contribui não só para a visibilidade de seus projetos, mas para reforçar a sua especialidade em distribuição.
Festival de Berlim
20 de fevereiro a 1 de março, em Berlim, Alemanha
O Reflexo do Lago
Ficha
Belém/PA – Brazil, 2020, 71min, P&B
Diretor: Fernando Segtowick (primeiro longa)
produtora Clartê
co-produtora Marahu Filmes
Sinopse
Na década de 1980, a maior represa hidrelétrica da floresta amazônica foi construída na cidade de Tucuruí, a fim de fornecer energia para a indústria do alumínio. Quarenta anos depois, as pessoas que vivem no arquipélago do rio Caraipé, ainda não têm acesso à eletricidade em suas casas. Um cineasta e sua equipe chegam ao local para filmar os resultados da busca do homem pelo desenvolvimento refletida em uma comunidade que vive com traços de desmatamento por décadas.