Era uma vez em Veneza

Realizado com o apoio técnico da Canon, When in Venice conclui a “Trilogia do Feminino Contemporâneo” do diretor Juan Zapata

Dois estrangeiros – o alemão Maximiliam (Peter Ketnath) e a brasileira Maria (Bella Carrijo) – se conhecem em um hotel na Itália. Ambos têm visões diferentes do que é o amor, mas decidem realizar juntos um sonho comum: visitar a romântica Veneza. No curso da aventura, os protagonistas acabarão experimentando as surpresas e descobertas de uma relação improvável.

Esta é a premissa de When in Venice, obra que encerra a “Trilogia do Feminino Contemporâneo” (que inclui, ainda, Simone e Another Forever, respectivamente lançados em 2013 e 2016) do diretor colombiano Juan Zapata. O filme contou com o apoio da Canon, que forneceu câmeras e lentes para a produção. Como diz Zapata em entrevista à Zoom Magazine: “É a tecnologia favorecendo e ajudando a contar as histórias”.

Cinema Instintivo

Frame do longa When in Venice

When in Venice é produto do que o diretor define como “cinema instintivo”: aquele inspirado pelas casualidades da vida e que se manifesta de forma impulsiva. Ele relembra que o conceito do projeto surgiu durante uma visita à Veneza, em 2017. “Era um momento delicado da minha vida e, durante as poucas horas que passei ali, nasceu a ideia, em consequência de como este lugar nos afeta emocionalmente”, recorda Juan. No mesmo dia, o diretor conheceu a atriz Bella Carrijo, que viria a ser a protagonista do filme e que se identificou com sua visão de cinema.

Ele se diz um adepto dos “road movies emocionais”, e When in Venice é um legítimo representante desse estilo. “Sempre digo que as cidades são personagens em meus filmes – mas, neste projeto, conseguimos dar outra dimensão a esse conceito”, afirma o cineasta.

O caráter intimista também permitiu a Juan trabalhar com uma equipe bastante enxuta. Na maioria das cenas, estavam presentes apenas o cineasta, o casal de protagonistas, os produtores Douglas Limbach e Dael Link, o fotógrafo Pablo Chasseraux e seu assistente, Thiago Le Grand, o técnico de som direto Rafael Rhoden e dois produtores locais, Rodrigo Dias e Raquele Airoldi.

“Delineamos juntos as personagens, embora eu pense que este é um filme circunstancial, de improviso, tanto no que se refere à narrativa como à sua criação. Peter e Bella participaram completamente da construção da história e, por ser um processo atípico e sem roteiro tradicional, tivemos que pensar as personagens desde a perspectiva emocional que motivou o filme e da interpretação desta emoção em cada um dos intérpretes – e daí, partirmos para a construção de Maximiliam e Maria. Este foi um dos maiores desafios do processo”, diz o realizador.

Parceria produtiva

Com relação à parceria com a Canon, Juan diz que é inédita para ele e não muito comum ao segmento cinematográfico. “É a primeira vez que tomamos conhecimento de algo assim. Esta parceria não abraça apenas When in Venice, mas também os próximos projetos da empresa. Estamos muito orgulhosos disto e comprometidos com a exigência de entregar filmes e séries à altura da melhor qualidade em nível mundial. Honra-nos muito a Canon entender a sensibilidade de nossas histórias e, principalmente, as características de nossa produção, do cinema independente latino”. 

Em concordância com a natureza do projeto, a câmera escolhida foi a Canon C200 MKII. “Também utilizamos lentes Prime de 50mm e 85mm e, obviamente, lentes da série L, como 16-35mm, 24-70mm, 70-200mm e 24-105mm”. O diretor ressalta que a câmera, compacta e com um 4K de grande latitude, permite trabalhar em espaços pequenos e com pouca luz, o que foi providencial neste filme (por sua geografia e forte apelo turístico, Veneza não é uma locação “fácil”).

“A estética impressa com as lentes Prime da Canon, muito claras e com um recorte belíssimo, nos permitiu filmar em meio à multidão, mas sempre com o foco centrado nos atores”, conta o cineasta. “Também vale a pena destacar o assistente de foco, que nos ajudou nas cenas de caminhadas sem marcação de foco. É uma ferramenta que se mostrou muito confiável nas sequências improvisadas. Esta tecnologia permite maior liberdade de criação e se adapta a um filme com características tão extremas quanto às que vivenciamos em Veneza”.

Juan diz que as câmeras da Canon começaram a ser utilizadas em seus projetos em 2013, quando ele realizou Simone (captado com o então revolucionário modelo 5D). “Nosso trabalho de criação evoluiu junto com as câmeras da Canon, sempre recebendo o reconhecimento do público e da crítica, arrebatando prêmios em festivais e sendo exibidos comercialmente em diversos países e nas mais importantes plataformas de conteúdo, como a Netflix e a Fox”.

Além de fornecer os equipamentos, a marca disponibilizou à equipe total apoio técnico. O realizador acrescenta que a escolha da câmera, por exemplo, foi decidida em conjunto com a Canon, já que a ideia é usar um modelo diferente em cada projeto, com base nas necessidades e contextos de cada filme. “Um diferencial da marca é sempre ser accessível a qualquer consulta ou apoio”, afirma Juan.

Admiração pelo feminino

Embora When in Venice conclua a sua “Trilogia do Feminino Contemporâneo”, o cineasta acredita que o tema continuará a influenciar seus trabalhos, já que esta questão o inspira.

“Minha admiração pelo feminino estará sempre presente, seja em historias contadas por homens, mulheres ou outros gêneros”, conclui Juan. “O feminino é a base da vida e das histórias que gosto de contar”.

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