Parasita, longa-metragem sul-coreano realizado por Bong Joon-ho, monopolizou as atenções na 92ª edição do prêmio, que ainda consagrou Joaquin Phoenix por sua atuação em Coringa

Em sua 92ª edição, a grande festa do cinema – realizada no domingo (09 de fevereiro), no Teatro Dolby (Hollywood, Los Angeles) – consagrou o longa-metragem sul-coreano Parasita, recordista em premiações e que fez história com a primeira indicação e vitória para um filme estrangeiro na mesma categoria. A produção, realizada por Bong Joon-ho, arrebatou quatro láureas importantes: Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Diretor e Melhor Filme Estrangeiro.

Em seus discursos, Bong Joon-ho exaltou a importância de Hollywood se abrir mais para a produção cinematográfica estrangeira e fez homenagens aos colegas que disputavam o prêmio de Melhor Diretor com ele (particularmente a Martin Scorsese), sendo aplaudido de pé. Se você ainda não assistiu, vale lembrar que Parasita estará disponível para locação nas plataformas digitais e dispositivos móveis a partir do dia 27 de fevereiro.

Brad Pitt, Coringa e Elton John

Competindo com nomes como Scarlett Johansson e Charlize Theron, Renée Zellweger ficou com o prêmio de Melhor Atriz, por seu trabalho em Judy: Muito Além do Arco-Íris, enquanto a talentosa Laura Dern (estrela de diversos clássicos produzidos desde a década de 1980, como Coração Selvagem) arrebatou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante, por História de um Casamento.

O eterno galã Brad Pitt saiu da festa com um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, por sua interpretação cativante de um dublê de cinema em Era Uma Vez em Hollywood (o mais recente filme do diretor Quentin Tarantino), enquanto o prêmio de Melhor Ator foi para Joaquin Phoenix, que impressionou muita gente com sua performance de vilão de histórias em quadrinhos em Coringa. Este último filme ainda conquistou a estatueta de Melhor Trilha Sonora Original (desbancando História de um Casamento e Star Wars – A Ascenção Skywalker), enquanto a láurea de canção original foi merecidamente concedida a Elton John, por “(I’m Gonna) Love Me Again”.

Considerada uma das favoritas da noite, a aventura de guerra 1917, de Sam Mendes, faturou apenas três prêmios técnicos: fotografia, mixagem de som e efeitos visuais. Mais surpreendente foi o desempenho da comédia surrealista Jojo Rabbit (sobre um garotinho alemão que tem, como amigo imaginário, ninguém menos que Adolph Hitler), que levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, derrotando filmes como O Irlandês, Era Uma Vez em Hollywood e o próprio Parasita.