Como utilizar a tecnologia deepfake

Diretor de arte e influenciador digital se unem para divulgar o deepfake no Brasil

Apesar de controversa, já que pode ser usada na manipulação de vídeos e áudios, tecnologia tem aplicações interessantes no cinema e na TV

Você sabe o que é “deepfake”? Trata-se de uma tecnologia que emprega a Inteligência Artificial para criar montagens em vídeo muito realistas, nas quais é possível substituir partes do vídeo original e situar pessoas que originalmente não estavam na cena. O recurso, que pode ser utilizado tanto artisticamente como para comprometer alguém, é responsável por conteúdos polêmicos envolvendo celebridades (inclusive, políticos).

O influenciador digital e jornalista Bruno Sartori é uma das principais referências dessa técnica no Brasil e se destacou nas redes sociais com vídeos que satirizam políticos e artistas. Sartori uniu forças com o diretor de arte digital Fernando Rodrigues (mais conhecido como “Fernando 3D”) para promover a tecnologia deepfake em nosso país.

Geração de conteúdo

“Conheci Bruno Sartori praticamente ao mesmo tempo em que também estudava essa nova ferramenta, para aplicá-la a futuros vídeos do meu canal e como estudo para VFX para uso em produções do cinema nacional”, recorda Fernando 3D. “Eu já havia lido, ouvido podcasts e assistido a vídeos no YouTube ‘gringo’ sobre a ferramenta deepfake. Então, fui procurar quem fazia isso no Brasil e encontrei um canal e perfil de Instagram tímido e pequeno, até aquele momento, mas que me chamou a atenção pelas excelentes piadas, humor e sátiras políticas. Uma mistura de Casseta e Planeta e CQC, que usava a ferramenta deepfake. Era Bruno Sartori, que hoje é enorme nas redes sociais e se tornou a maior referência desta tecnologia no Brasil”.

Eventualmente, ambos se conheceram e Fernando 3D propôs a Bruno que unissem forças para ajudar a popularizar o deepfake no país. Na época, Fernando trabalhava em uma grande agência de publicidade e estava envolvido com um projeto nacional do Grupo Pão de Açúcar – mas, com a intensificação de seus estudos e a partir das conversas que teve com Sartori, decidiu unir-se profissionalmente a ele. Fernando seguiu em busca de marcas, empresas e investidores neste negócio, para gerar mais conteúdo e reforçar a autoridade de Sartori no assunto.

“Temos desenvolvido tudo juntos, desde trabalhos a palestras e entrevistas e estamos formando uma equipe de valor”, diz Fernando 3D. “Eu aposto nele e ele aposta em mim. Essa é uma troca de uma grande sinergia positiva.” Apesar de controversa, já que consegue realizar mudanças muito convincentes em vídeo e áudio, o deepfake pode ser bastante útil quando empregado de maneira assertiva no cinema e na TV, inclusive, trazendo de volta “à ativa” (ainda que apenas digitalmente) personagens e atores que já se foram. “O futuro da tecnologia é promissor, embora existam aqueles que usem o deepfake para o mal, para falsificações e tentativas de denegrir pessoas”, conclui Fernando 3D. “Mas acredito que há mais benefícios do que malefícios em seu uso”.

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