ANCINE ACELERA O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO DOS CINEMAS
A Ancine, órgão regulador do cinema e do audiovisual, estabeleceu instruções normativas para acelerar o processo de adaptação das salas de cinema para portadores de necessidades especiais
A Ancine divulgou a Instrução Normativa 128/2016, que dispõe sobre as normas gerais e critérios básicos de acessibilidade visual e auditiva a serem observados nos segmentos de distribuição e exibição cinematográfica. Sendo assim um complemento à IN 116, de 2014, com o mesmo objetivo. De acordo com a IN 128, o prazo para adequar as salas, que de acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência é até 2020, foi reduzido para 2018 e os cinemas com mais de 21 salas deverão disponibilizar 50% delas em novembro desse ano.
Com isso os cinemas brasileiros começarão uma corrida para atender os prazos estipulado pela Ancine. Os conteúdos serão acessíveis em formato de audiodescrição, closed caption e LIBRAS, para deficientes auditivos e visuais em todos os seus complexos.
As principais soluções criadas com este objetivo estarão expostas na Expocine, entre os próximos dias 27 e 29 de setembro no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista. O evento também contará com uma palestra sobre o tema no dia 28, ministrada por Guido Lemos, Luciano Taffetani e Maurício Hirata Filho. Dentre os dispositivos que serão apresentados, é possível destacar as telas nas poltronas para o espectador ler as legendas closed caption, óculos eletrônicos que exibem nas lentes a imagem do intérprete ou o texto das legendas, aplicativos de celular que amplificam o áudio do filme e ferramentas que fornecem a áudio descrição em tempo rea..
“O mercado precisou se movimentar para criar tecnologias capazes de incluir os cegos e surdos nestes espaços, mas sem interferir na experiência dos demais espectadores. Foi um desafio muito grande e cujas soluções encontradas tornaram o Brasil referência mundial em acessibilidade de conteúdo nos cinemas. Países como Inglaterra, Estados Unidos e França, por exemplo, que também estão passando por este processo, voltam os olhos voltados para cá e as nossas empresas passaram a dar consultorias lá fora sobre isso”, afirma Marcelo Lima, diretor da Expocine.